quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

OS 4 TECIDOS BÁSICOS

O corpo humano é uma máquina fantástica, macro e microscopicamente! Todos os órgãos e estruturas  do nosso corpo são formados pela união de células que compõem 4 tipos básicos de tecidos. E são sobre eles que falaremos nesta publicação! 

Não esqueçam de comentar e deixar sua opinião!  

Antes de falar dos tecidos, propriamente ditos, precisamos compreender o que é um tecido!
TECIDO é conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares, que realizam determinada função num organismo multicelular. Em suma, são células e matriz extracelular (MEC). Diferentes tecidos reunidos harmonicamente e com funções específicas formam ÓRGÃOS, que quando atuam em conjunto formam um SISTEMA! 
- TECIDO EPITELIAL:
Tem como função básica o revestimento externo do organismo, das vísceras e das cavidades. São formadas por células poliédricas, justapostas, com pouca matriz extracelular e nenhuma vascularização, tendo sua nutrição advinda do tecido conjuntivo adjacente por meio de difusão. Possui uma alta taxa de divisão celular, podem secretar certas substâncias e apresenta especializações glandulares (que serão esclarecidas posteriormente).
A forma das células epiteliais varia muito, desde células colunares altas até células pavimentosas, observe:

Junqueira e Carneiro. Histologia Básica 12° edição. Guanabara Koogan 2013, p 74


Junqueira e Carneiro. Histologia Básica 12° edição. Guanabara Koogan 2013, p 74


-TECIDO CONJUNTIVO:
Diferentemente dos demais tecidos, seu componente principal é a matriz extracelular. É densamente vascularizado, possui baixa renovação celular. Apresenta material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares) e o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos).
Sua função primordial consiste em preservar o estabelecimento e manutenção da forma do corpo, unindo e separando órgãos. 

Lembre-se: abaixo de todo tecido epitelial de revestimento, existe um tecido conjuntivo de sustentação.

São exemplos de células deste tecido: fibroblastos (originada de célula mesenquimal indiferenciada), mastócitos, macrófagos, plasmócitos (originada de célula-tronco hematopoética). 

O tecido conjuntivo propriamente dito podem ser: 
- frouxos: suporta estruturas sujeitas a pressão e atritos pequenos. Tem consistência delicada, flexível, ricamente vascularizado e não muito resistente a trações.
- denso: adaptado para fornecer resistência e proteção aos tecidos.

- TECIDO MUSCULAR:
É formado por células alongadas com citosol rico em proteínas contráteis (como actina, miosina, tropomiosina), que geram força suficiente para a contração tecidual utilizando moléculas de ATP.
De acordo com sua morfofuncionalidade, distinguem-se três tipos de tecidos:

- Músculo estriado esquelético: feixes de células cilíndricas, alongadas, multinucleadas com estriações transversais. Sua contração é voluntária. Encontrado nos músculos que recobrem os ossos.
- Músculo estriado cardíaco: também possuem as estrias e são unidas por discos intercalares, mas sua contração é involuntária, rítmica e vigorosa. Encontrado no miocárdio.
- Músculo liso: formados por células de formato fusiforme, com estrias ausentes. A contração é involuntária e lenta. Compõem a musculatura do trato digestório e geniturinário.

Junqueira e Carneiro. Histologia Básica 12° edição. Guanabara Koogan 2013, p 178  
- TECIDO NERVOSO: 
Apresenta dois componentes principais:
- Neurônios: células com longos prolongamentos (axônios) que atuam na condução do impulso nervoso.
- Glia ou neuróglia: células que sustentam, nutrem, protegem e auxiliam os neurônios, como astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann. 

RESUMO 
Junqueira e Carneiro. Histologia Básica 12° edição. Guanabara Koogan 2013, p 66

domingo, 19 de fevereiro de 2017

LÍNGUA E GLÂNDULAS SALIVARES


LÍNGUA (imagem em anexo)
A língua é um órgão muscular (músculo estriado esquelético) revestido por uma mucosa na região dorsal exposta ao atrito alimentar, portanto, composta por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. Porém, esta mucosa é considerada mucosa especializada devido a presença das papilas (filiformes, fungiformes, valadas ou circunvaladas, foliadas). 
Na região ventral pode ser observado uma mucosa lingual composta por um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e lâmina própria subjacente extremamente vascularizada.


GLÂNDULAS SALIVARES
As glândulas salivares são do tipo exócrinas e encontram-se dispersas pela cavidade oral como glândulas salivares menores e três pares de glândulas salivares maiores localizadas fora da cavidade oral: parótida, submandibular e sublingual.
Cada glândula salivar maior é composta por estruturas parenquimatosas sustentadas por um estroma de tecido conjuntivo formando uma cápsula externa e septos. Os septos dividem o parênquima em grupos de unidades secretoras e ductos em lobos e lóbulos. Este estroma contém vasos e nervos. O parênquima glandular é composto por unidades secretoras que se abrem em ductos ("cacho de uvas"). As unidades secretoras se abrem nos ductos intercalares (menor calibre), revestidos por células cúbicas, de núcleos centrais e pouco citoplasma. Os ductos intercalares têm continuidade com ductos maiores, os ductos estriados (calibre intermediário), revestidos por células colunares, de núcleo central, citoplasma acidófilo e estriações na região basal. Estes ductos desembocam progressivamente em ductos de maior calibre, os ductos excretores, revestidos por um epitélio pseudoestratificado.
As unidades secretoras do parênquima glandular podem formar ácinos (estruturas esféricas) ou túbulos. As células que constituem estas unidades podem ser do tipo seroras ou do tipo mucosas, ou quando presente uma semilua, pelos 2 tipos celulares (glândula mista). As células serosas são células piramidais que se arranjam em ácinos e produzem proteína. O núcleo destas células é esférico e localizado no terço basal da célula e o citoplasma é basófilo. As células mucosas são células piramidais que se arranjam em túbulos e produzem mucinogênio. O núcleo é achatado e localizado na base da célula e o citoplasma apical é levemente corado.

A glândula parótida é constituída por ácinos serosos. A glândula submandibular é uma glândula mista, onde predominam as unidades do tipo serosas em relação as mucosas. A glândula sublingual é predominantemente mucosa com semiluas serosas



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

HISTOTÉCNICA


Você já parou para pensar em como as lâminas do seu laboratório são feitas?
Como é possível que um órgão tão grande seja contemplado em uma lâmina tão pequena? 

A resposta para essas perguntas está no desenvolvimento de uma técnica que objetiva o preparo dos tecidos destinados ao estudado à microscopia de luz (microscopia óptica). Como neste tipo de microscopia a luz é nossa aliada, para a confecção das lâminas histológicas é necessário que seja feito um corte de tecido de ínfima espessura que ficará impregnado em uma lâmina também muito fina e transparente.

Acompanhe como se dá este processo: 

1. Colheita do material 
2. Fixação - tratamento da peça histológica para observar ao microscópio os componentes teciduais com a morfologia e a composição química semelhantes às existentes no ser vivo. 
3. Desidratação - remoção da água dos tecidos, para permitir a impregnação da peça com parafina. 
4. Diafanização - impregnação da peça com um solvente de parafina (xilol). 
5. Impregnação em parafina fundida - a parafina penetra nos tecidos em estado líquido. 
6. Inclusão - “bloco de parafina” 
7. Microtomia - é a etapa em que se obtém delgadas fatias de peças incluídas na parafina, através de um aparelho chamado micrótomo. A espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 μm (micrômetros). (1 μm = 0,001 mm). 
8. Extensão - os cortes provenientes da microtomia estão “enrugados”, desta forma, são esticados num banho de água a 58°C e “pescados” com uma lamina de vidro. As laminas são levadas em seguida para a estufa a 37°C, para que se dê a adesão do corte à lâmina. 
9. Coloração - tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis ao microscópio. Para coloração do corte é necessária uma bateria de banhos: banhos sucessivos de xilol para eliminação da parafina; banhos sucessivos em álcoois em concentrações decrescentes e hidratação. Os corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor e apresentam afinidade de combinação com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Rotineiramente, utilizase a hematoxilina, corante básico que se liga aos radicais ácidos dos tecidos, e eosina, corante ácido que tem afinidade por radicais básicos dos tecidos. Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados de acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. 
10. Desidratação – nessa etapa a água precisa ser removida do corte para permitir uma perfeita visualização dos tecidos, porque a água possui índice de refração diferente do vidro. Para isso, utiliza-se banhos em álcoois de concentrações crescente. 
11. Diafanização - a diafanização é feita com xilol. 
12. Montagem - esta etapa final consiste na montagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água.

Para saber mais, assista o vídeo abaixo: 

domingo, 12 de fevereiro de 2017

PELE

A pele é constituída por um tecido epitelial, a epiderme, e por um tecido conjuntivo subjacente, a derme.
A epiderme é composta por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado de cinco camadas: camada basal ou germinativa, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida, camada córnea.
A derme é composta por um tecido conjuntivo subdividido em duas camadas: derme papilar (tecido conjuntivo frouxo) e derme reticular (tecido conjuntivo denso).
Os anexos são encontrados na derme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas.
O folículo piloso é constituído por uma dilatação terminal, o bulbo piloso, e no centro uma papila dérmica. As glândulas sebáceas são do tipo alveolares, holócrina e seus ductos desembocam nos folículos pilosos. As glândulas sudoríparas são do tipo tubulosas simples enoveladas.

http://www.histologyguide.com/slide-view/MH-091ahr-thick-skin/11-slide-1.html?x=0&y=0&z=-1&page=1

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

SEJAM BEM-VINDOS!

A plataforma virtual blogger permite criação de conteúdo nos mais variados assuntos de forma prática e interativa, por isso, ela e as demais tecnologias audiovisuais vem se mostrando importantes ferramentas para o estudo dos universitários, extrapolando as barreiras físicas da sala de aula.

Aliado a metodologia do Problem Based Learning adotada como plano de ensino da Universidade do Estado da Bahia, esta tecnologia integra conhecimento, pesquisa, extensão e universalização do saber!

O objetivo do presente blog é fornecer conteúdos de forma prática para os alunos que cursam e cursarão Morfofuncional II acerca dos assuntos de histologia e patologia, além de consistir em referência para alunos de todo o Brasil e interessados no assunto.

Espera-se que as publicações sejam realizadas 3 vezes na semana, alimentadas pela professora e coordenadora do projeto (às segundas), pelos monitores e colaboradores (às quartas) e pelos próprios alunos organizados em duplas (às sextas).


Os temas abordados perpassarão as barreiras do conteúdo linearmente teórico e serão correlacionados com a anatomopatologia de várias doenças. Espera-se que sejam abordadas entrevistas, dicas de estudo, um banco de imagens e demais matérias.

SEJAM BEM VINDOS!