A medicina é uma ciência extremamente mutável. Passam-se os anos e o conhecimento se desconstrói, se reestrutura, alicerça-se e mais uma vez é contestado, reformulado, pesquisado. Constantemente temos presenciado o avanço das ciências médicas na carona da tecnologia e isso permitiu uma propulsão muito maior das pesquisas e das descobertas.
Se noutra época achávamos que as artérias eram responsáveis pelo transporte de ar pelo organismo, hoje sabemos como esta informação se revela equivocada.
E assim se desenvolve a ciência, uma informação dando suporte a outra, construindo e desconstruindo, ora como verdadeiras, ora como falsas, ou seja, o médico antes de tudo é um eterno estudante, porque a sina que escolheu para si não é estática!
Neste post vamos falar um pouco sobre as novidades da medicina, que provavelmente farão com que os livros sejam reescritos! rs
Pesquisadores descobrem vasos que ligam cérebro humano a sistema imunológico do corpo
Pesquisadores descobrem vasos que ligam cérebro humano a sistema imunológico do corpo
Publicado no site da revista “Nature”, o estudo, de pesquisadores da Universidade da Virgínia, nos EUA, encontrou estruturas similares aos vasos linfáticos interligadas aos chamados seios venosos durais (canais sanguíneos localizados na dura-máter, camada mais externa das meninges, as membranas que protegem o sistema nervoso central) de camundongos, o que indica que também estão presentes no cérebro humano.
Até agora, o cérebro era visto como uma das poucas partes do nosso corpo conhecidas como “imunoprivilegiadas”. O termo é antigo nos estudos sobre o funcionamento de nosso organismo e significa que o cérebro estaria praticamente “isolado” de sua ação por razões ainda não totalmente conhecidas, provavelmente para evitar que sofra “danos colaterais” na luta dos sistema imunológico contra agentes externos ou internos causadores de doenças ao retardar e tornar mais específica sua resposta imune a estes patógenos.
A surpreendente descoberta de uma conexão direta do cérebro de um mamífero com seu sistema linfático, parte essencial de nosso sistema imunológico, deverá obrigar a uma revisão geral dos livros sobre a anatomia humana. E pode abrir caminho para melhor compreensão das causas de doenças degenerativas relacionadas a distúrbios neuroimunes, como o mal de Alzheimer e a esclerose múltipla — o que potencialmente levaria a novos tratamentos médicos.
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P.S.: Para ler o artigo completo em inglês, basta visitar a seção de "download" ou clicando aqui.
Novo "órgão" do corpo humano é descoberto: Mesentério
Até agora, o cérebro era visto como uma das poucas partes do nosso corpo conhecidas como “imunoprivilegiadas”. O termo é antigo nos estudos sobre o funcionamento de nosso organismo e significa que o cérebro estaria praticamente “isolado” de sua ação por razões ainda não totalmente conhecidas, provavelmente para evitar que sofra “danos colaterais” na luta dos sistema imunológico contra agentes externos ou internos causadores de doenças ao retardar e tornar mais específica sua resposta imune a estes patógenos.
Antes x Depois |
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Novo "órgão" do corpo humano é descoberto: Mesentério
Esta parte do corpo, que até bem pouco tempo era considerada apenas um ligamento do aparelho digestivo, acaba de ser reclassificada.
"A descrição anatômica de cem anos atrás era incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado; é uma estrutura simples, contínua e única", assinalou J. Calvin Coffey, pesquisador do University Hospital Limerick, na Irlanda, responsável pela equipe que realizou a descoberta. A reclassificação foi publicada em um artigo assinado por Coffey e por seu colega Peter O'Leary na prestigiada revista científica "The Lancet Gastroenterology & Hepatology".
"A descrição anatômica de cem anos atrás era incorreta. Este órgão está longe de ser fragmentado; é uma estrutura simples, contínua e única", assinalou J. Calvin Coffey, pesquisador do University Hospital Limerick, na Irlanda, responsável pela equipe que realizou a descoberta. A reclassificação foi publicada em um artigo assinado por Coffey e por seu colega Peter O'Leary na prestigiada revista científica "The Lancet Gastroenterology & Hepatology".
O mesentério é uma dobra dupla do peritônio - como se chama o revestimento da cavidade abdominal - que une o intestino com a parede do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar. Dessa forma, o estudo das funções deste novo órgão pode abrir caminho para novos métodos cirúrgicos do aparelho digestivo. Mesentério é uma dobra dupla do peritônio
No entanto, depois de detalhar estrutura e características anatômicas, cientistas pretendem agora entender melhor a função do novo órgão, além de proporcionar sustentação e permitir a irrigação sanguínea às vísceras.
Cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriram que os pulmões desempenham um papel que vai além da respiração. Em uma série de experimentos feita com ratos, os pesquisadores notaram que os órgãos do animal produziram mais da metade das plaquetas – componentes do sangue necessários para a coagulação – envolvidas na circulação sanguínea.
Durante a realização de três experimentos, eles observaram uma grande quantidade de células produtoras de plaquetas, os chamados megacariócitos, na vasculatura pulmonar do animal. Os megacariócitos já foram vistos nos pulmões em estudos diferentes, mas a medula óssea sempre foi apontada como um importante local de produção de plaquetas. Agora, as imagens adquiridas pelos cientistas revelaram que essas células produzem mais de 10 milhões de plaquetas por hora nos pulmões dos ratos.
Durante a realização de três experimentos, eles observaram uma grande quantidade de células produtoras de plaquetas, os chamados megacariócitos, na vasculatura pulmonar do animal. Os megacariócitos já foram vistos nos pulmões em estudos diferentes, mas a medula óssea sempre foi apontada como um importante local de produção de plaquetas. Agora, as imagens adquiridas pelos cientistas revelaram que essas células produzem mais de 10 milhões de plaquetas por hora nos pulmões dos ratos.
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E a gente pensando que o corpo humano estava mapeado morfofuncionalmente...
Nossa! Muito interessante!.
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