DEFINIÇÃO
O
Carcinoma da vesícula é a patologia maligna mais comum na árvore
biliar,representando 80%-95% do cancro da árvore biliar no mundo sendo ainda o
terceiro a sexto cancro gastrointestinal mais comum. A progressão da doença é
frequentemente rápida e silenciosa tendo um desfavorável prognóstico.
Aproximadamente 98% dos carcinomas da vesícula são de origem epitelial, e
destes cerca de 90% são adenocarcinomas.Os subtipos histológicos de adenocarcinoma
incluem as variantes papilar, mucinosa, intestinal, células claras e células em
anel de sinete. Outros tipos mais raros de tumor (não epiteliais) podem surgir
sendo tumores carcinoides, linfomas,sarcomas ou metástases.Com base nos
aspectos macroscópicos, os tumores podem ser classificados como infiltrativos,
nodulares, papilares ou mistos sendo os tumores infiltrativos os mais comuns.Os
tumores nodulares são caracterizados por precoce invasão do fígado e
órgãos adjacentes. Os papilares são predominantemente intraluminais, resultando
em lesões polipoides. São menos invasivos e estão geralmente associados a
melhor prognóstico.A disseminação tumoral pode ocorrer por invasão direta ou
então via vascular, linfática,perineural, intraductal ou intraperitoneal. A distribuição
do desenvolvimento de cancro na vesícula biliar é de aproximadamente 60% no
fundo, 30% no corpo e 10% no colo.
HISTOPATOLOGIA / ETIOPATOLOGIA
Tido como raro, o carcinoma de vesícula biliar
(CVB) constitui o tumor mais comum da árvore biliar e o quinto mais frequente do
trato gastrointestinal. A maior incidência desta neoplasia maligna de vesícula
ocorre em pessoas com idade acima de 65 anos. Acomete as mulheres em uma
proporção significativamente maior, de aproximadamente 3:1 em relação aos
homens de mesma faixa etária. Associado ao elevado percentual de incidência dos
cálculos biliares em populações do México e Chile, tais países apresentam elevada
mortalidade decorrente dessa neoplasia maligna comparado a países da Europa, no
quais há uma incidência caracteristicamente menor.
Os
fatores predisponentes ao risco de surgimento de um carcinoma de vesícula
biliar (CVB) variam muito em decorrência de condições que muitas vezes surgem
em função diferenças ambientais, alimentação, hábitos e condições de vida do
indivíduo, além de é claro, predisposição genética. Tais fatores estão listados
no quadro 2:
A relação entre cálculos da vesícula biliar e
carcinoma se relaciona ao trauma crônico e inflamação da camada mucosa da
vesícula pela presença do cálculo que induz a displasia epitelial que pode
predispor ao carcinoma. Evidencias experimentais têm sido observadas neste
sentido e o risco relativo de carcinoma está elevado quando os sintomas e sinas
de colecistite se apresentam precocemente. Histologicamente, a colecistite está
usualmente presente em associação com carcinoma e quando a Colecistite crônica
leva a calcificação da vesícula, o risco de malignidade está muito aumentado. O
risco de câncer na “vesícula em porcelana” é muito elevado (20%) dos casos e
justifica a colecistectomia profilática.
Infelizmente,
as dificuldades no tratamento e a alta taxa de mortalidade associada ao CVB,
consiste no fato de que na maioria das vezes o paciente apresenta características
clínicas inespecíficas e sintomas ausentes na fase inicial do câncer, fazendo
com que esta seja raramente é descoberto em um estágio em que a ressecção é
possível, condicionando a um prognóstico reservado. A taxa de sobrevida de
cinco anos consiste em apenas 5% dos casos. Além disso, cerca de 85% dos
pacientes morrem um ano após terem sido diagnosticados. Não raro, ao serem
descobertos muitos cânceres da vesícula biliar já invadiram o fígado ou se
expandiram para os ductos biliares ou para os linfonodos hepáticos.
Os cânceres da vesícula biliar podem exibir dois padrões de
crescimento: exofítico ou infiltrante. O padrão infiltrante é
mais comum e usualmente aparece como área pouco definida de espessamento e
endurecimento difusos da parede vesicular que pode cobrir vários centímetros
quadrados ou comprometer toda a vesícula. Esses tumores são cirróticos e têm
consistência muito firme. O padrão exofítico cresce para dentro da luz como
massa irregular em couve-flor, mas ao mesmo tempo invade a parede subjacente.
Mais de 90% dos casos são representados por um
padrão histológico de adenocarcinoma, que podem ser caracterizados em papilar,
tubular, mucinoso. O carcinoma anaplásico, o escamoso e o adenoescamoso são os
tipos menos comuns.
Adenocarcinoma papilar
Carcinoma
adenoescamoso
SINTOMAS:
Os sintomas
constitucionais, a ascite e a massa palpável são indicativos de doença avançada
e pobre prognóstico. Os sintomas podem ter duração variável, de dois meses a
três anos, dependendo do
local e da extensão da lesão (tumor de crescimento intraluminal ou
infiltrante). Pelo menos 20%dos pacientes são diagnosticados com câncer no
momento da colecistectomia para colelitíase, ou mesmo no exame histopatológico
pós-operatório da peça.Ao físico exame, podem ser detectadas icterícia, por invasão do colédoco,
compressão de linfonodos pericoledocianos ou invasão hepática, massa
assimétrica palpável e indolor em hipocôndrio direito (sinal de Curvoisier), em
40% dos casos, e ascite, bem como linfadenopatia peri umbilical(nódulo da Irmã
Maria José), adenopatia supraclavicular esquerda (nódulo de Virchow) e
massa palpável ao toque retal (“prateleira de Blumer”).
Outros sintomas menos comuns do câncer da vesícula biliar
incluem obstrução ou fístula duodenal,
sangramento gastrintestinal, hematobilia, devido à invasão do intestino ou dos
vasos adjacentes.18,19 Pode, ainda, haver perfuração para o peritônio livre em até 5%
dos casos
Deve ser
levada em consideração, na anamnese, a presença de risco de fatores, como
relacionados no Quadro:
A
utilização de exames de imagem é mandatória e habitualmente a primeira
abordagem é feita por ecografia abdominal, servindo como despiste de doença, uma
vez que é um exame pouco específico. A
ecoendoscopia é um exame completo. A sua utilização permite o
estadiamento mais preciso e oferece a possibilidade de se realizar uma biópsia
por agulha fina da lesão. A
Tomografia Computadorizada ajuda a localizar a extensão da lesão permitindo
um melhor e mais preciso estadiamento da doença assim como a pesquisa de
invasão ganglionar ou metastização. É realizado como exame pré-operatório para
definir a ressecabilidade dos carcinomas com maior acuidade.A utilização de
ressonância magnética standard tem
pouco valor. Para a detecção de invasão dos ductos biliares e da vascularização
utiliza-se colangio ressonância uma vez que a sensibilidade e especificidade
deste exame está muito próxima dos 100%.A tomografia computadorizada com
emissão de pósitrons é utilizada para diferenciar lesões benignas de malignas e
para detectar a presença de doença após cirurgia.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do carcinoma de vesícula continua a ser um dos maiores desafios dos profissionais de saúde, uma vez que os sinais e sintomas são geralmente escassos e inespecíficos levando a um diagnóstico já em estágios avançados da doença. A maioria dos sinais e sintomas habituais são sobreponíveis a patologias benignas,principalmente litíase vesicular.A pesquisa de um meio complementar de diagnóstico que permita uma detecção precoce das lesões é frequentemente objeto de estudo e mote para realização de trabalhos de investigação.A nível de exames laboratoriais, estudos mais recentes defendem a hipótese da utilização da combinação de marcadores tumorais para detecção de carcinoma vesicular,apresentando algum avanço para uma abordagem mais precoce a esta patologia.CA19-9, CEA e CA125 são tradicionalmente usados como marcadores tumorais no carcinoma da vesícula. Geralmente, o nível de CA19-9 no sangue é muito baixo em pacientes com lesões benignas da vesícula; o CEA é utilizado majoritariamente em doentes com cancro colorretal; níveis de CA125 superiores a 11U/mL têm uma sensibilidade de64% e uma especificidade de 90% na diferenciação entre benignidade e malignidade de lesões da vesícula.Valores elevados de CEA e CA19-9 estão normalmente associados a tumores malignos.Valores elevados de CA19-9 combinados com CEA e/ou CA125 podem indicar um elevado risco de desenvolvimento de carcinoma da vesícula.De acordo com as guidelines da American Joint CommitteeonCancer(AJCC) e tem por base ainvasão e extensão do tumor (Tabela 1).Tabela 1 – Estadiamento TNM da AJCC resseção do leito hepático (margem de 2cm) ou dos segmentos IVb e V deve ser o método utilizado7,15.A colecistectomia é o tratamento de eleição para tumores que não ultrapassam a lâmina própria (Tis ou T1a)6,7. Nestes casos a taxa de sobrevivência é muito perto de 100%.
Abordagem mais segura nestes casos cursa com a realização da colecistectomia elinfadenectomia em bloco do hilo hepático e dos gânglios pancreáticos superiores.Marcadamente em termos de taxa de sobrevivência estimada a 5 anos verificando-se naordem dos 20% a 70% no casos de colecistectomia quando comparado aos 60% a 100%após cirurgia radical 6,7. Uma vez mais a abordagem cirúrgica é discutível mas está descrito que a ser realizada a abordagem deverá ser igual a de um tumor T1b.Como quimioterapia e radioterapia.A radioterapia, seja neo adjuvante, adjuvante ou paliativa, não está claramente comprovada, embora seja descrita e aplicada por alguns autores. Esquemas promissores incluem 5-fluorouracilo, gencitabina, capecitabina e cisplatinum. Se a quimioterapia for administrada ao doente deve ser colocada uma prótese biliar.
TRATAMENTO
Estadiamento
O
estadiamento do carcinoma da vesícula determina as opções de tratamento, é
feito de
(Tabela 1):
O tratamento depende essencialmente
do estadio e da forma de apresentação do tumor.
- O estadio TNM é diretamente proporcional à disseminação linfática e peritoneal.A única vertente de tratamento com potencial curativo é a resseção cirúrgica completa.Apesar da sobrevida a longo prazo não ser satisfatória, a taxa de mortalidade pós-operatória é inferior a 5%.
- Em doentes com tumores previamente diagnosticados deve ser realizada uma abordagem por laparotomia uma vez que na abordagem por laparoscopia a insuflação de dióxido de carbono, a lesão peritoneal e outros fatores podem favorecer a disseminação tumoral, nomeadamente implantes na parede abdominal e metástases nas portas de laparoscopia.
- Quando a doença se encontra limitada à vesícula biliar (T1), a colecistectomia como nos casos de tumores com invasão da camada muscular (T1b) a cirurgia tem sido alvo de grande debate e discussão por parte dos profissionais uma vez que há metastização em cerca de 20% dos casos, com taxas de recorrência na ordem dos 30% a 60%6.
- No caso de tumores do com invasão da camada subserosa (T2), o prognóstico varia
- Em tumores com classificação superior ou igual a T3 o tratamento deve ser paliativo uma vez que a cirurgia seria demasiado agressiva para o benefício que daria ao doente e sem possibilidade de potencial curativo . Nestes casos a taxa de sobrevivência é de 2 a 4 meses e a sobrevivência a um ano é inferior a 5%. Paliativamente pode ser feita uma drenagem biliar cirúrgica ou não cirúrgica assim como medicação para controlo da dor 7.
- Em tumores de classificação igual ou superior a T2 pode ser utilizada terapia adjuvante.
REFERÊNCIAS
TORRES,O.JORGE
MARTINS; Câncer da vesícula biliar. Proaci/semcad, 2010. Acesso em: 18 mai. 2018.
FERNANDES, José; ALVES, José. Carcinoma da vesícula biliar: Revisão bibliográfica. Faculdade de medicina da universidade do Porto: março, 2015
cómo volví a ser una mujer feliz con lágrimas de alegría y felicidad. Estoy dando mi testimonio a todos los espectadores en línea, mi problema con el cáncer de estómago en etapa ib y el vih me ha causado muchos dolores y tristezas, especialmente en mi familia. Tenía mucho miedo de perder mi vida, sufrí la vergüenza de visitar terapia cientos de veces, lamentablemente no encontraron una solución definitiva a mi problema, lloré todo el día y la noche, ¿tengo que vivir mi vida de esta manera? Busqué toda la atención en Internet, los estafadores de Internet me estafaron veces sin números... hasta que un amigo mío que se queda en el Reino Unido me presentó a un amigo suyo que se curó de la misma enfermedad, y ella me presentó al Dr. itua quien la curó de cáncer de mama por este correo electrónico drituaherbalcenter@gmail.com. www.drituaherbalcenter.com me comuniqué con él y me prometió que todo estaría bien y tuve fe. Me envió sus medicamentos a base de hierbas a través del servicio de mensajería y me instruyó sobre cómo beberlo durante tres semanas para curar, seguí las instrucciones dadas. a mí y hoy vuelvo a ser una mujer feliz. él cura toda clase de enfermedades.
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